quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Melhores vinhos brasileiros da safra 2011 são gaúchos



A 19ª Avaliação Nacional de Vinhos – Safra 2011, que aconteceu no dia 24 de setembro, em Bento Gonçalves/RS, mostrou que os melhores 16 classificados ficaram com vinícolas do Rio Grande do Sul. Na edição deste ano, houve amostras de vitivinicultores de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. A qualidade dos vinhos surpreendeu a maioria dos degustadores, que puderam presenciar vinhos de alto gabarito. As notas dos selecionadores também foram elevadas, variando de 85 a 89 entre os 30% dos vinhos mais representativos da safra deste ano, o que indica uma qualidade muito boa dos produtos oriundos das vinícolas gaúchas.

Os destaques dos selecionadores entre os vinhos brancos foram o seco aromático Moscato Giallo Lote 05 da Vinícola Don Guerino com nota 89, e o fino seco não aromático Chardonnay 03 da Vinícola Góes & Venturini, que recebeu 88,5. Ambos mostraram-se intensos no olfato e na análise gustativa. Para os tintos, os finos secos Syrah da Vinícola Almaúnica e os Merlots da Luiz Argenta Vinhos Finos e da Basso Vinhos e Espumantes receberam as notas mais altas para cada um: 89.

Confira os 16 melhores e suas respectivas vinícolas pela ordem de apresentação:

BRANCOS:
:: Chardonnay I - vinho base para espumante - Domno do Brasil Indústria e Comércio de Bebidas
:: Chardonnay - vinho base para espumante - Casa Valduga Vinhos Finos
:: Riesling Itálico - vinho branco fino seco não aromático - Cooperativa Vinícola Aurora
:: Chardonnay A1 - vinho branco fino seco não aromático - Cooperativa Vinícola Nova Aliança
:: Chardonnay 03 - vinho branco fino seco não aromático - Vinícola Góes & Venturini
:: Chardonnay - vinho branco fino seco não aromático - Vinícola Don Giovanni
:: Moscato R2 III - vinho branco fino seco aromático - Vinícola Perini
:: Moscato Giallo Lote 05 - vinho branco fino seco aromático - Vinícola Don Guerino

TINTOS:
:: Cabernet Sauvignon III - vinho rosé fino seco - Vinícola Almadém
:: Merlot I - vinho tinto fino seco jovem - Vinhos Salton S.A. Indústria e Comércio
:: Merlot II - vinho tinto fino seco - Basso Vinhos e Espumantes
:: Merlot II - vinho tinto fino seco - Luiz Argenta Vinhos Finos
:: Cabernet Sauvignon - vinho tinto fino seco - Rasip Agropastoril S.A.
:: Syrah - vinho tinto fino seco - Vinícola Almaúnica
:: Tannat - vinho tinto fino seco - Vinícola Gheller
:: Tannat - vinho tinto fino seco - Seival Estate

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Fundador da vinícola Dom Cândido completa 80 anos



O fundador da Dom Cândido Vinhos Finos, Cândido Valduga, se prepara para completar 80 anos. A vinícola organiza uma grande festa que reunirá filhos, netos e irmãos para comemorar em família a data. Para degustar, um vinho exclusivo, com marca própria e uma produção de apenas 3 mil garrafas. Cândido Valduga é marca registrada na Dom Cândido e no próprio Vale dos Vinhedos.

De olhar marcante, passos firmes e um sorriso honesto que esbanja jovialidade. Uma serenidade que deixa escapar toda experiência de uma vida dedicada a terra, ao vinho. Quem visita a Dom Cândido é recebido por ele, um autêntico contador de histórias.

Desde pequeno sempre acompanhou o pai, Marcos Valduga, na lida com o vinhedo. Ele ajudava a lavar as pipas, que abrigavam o vinho artesanal feito pela família para consumo próprio. A uva, já processada em vinho, era vendida para a Vinícola Rio-grandense – cerca de 30 mil litros por ano. A família também cultivava trigo, milho, feijão, tudo para a subsistência. O trabalho se estendia até o sábado à noite. No domingo, levantava às 6h para ir à missa. A igreja ficava a 6 km e este trecho era feito a pé. Folga só no domingo à tarde. Mas à noite o momento era dedicado a reza, e de joelhos.

Cândido Valduga recorda que tudo era feito a mão. “Não havia máquinas como hoje. Era bem mais difícil, mas era bom. Tínhamos tudo o que precisávamos. Comprávamos apenas o açúcar e o café, que íamos buscar a cavalo no centro da cidade”, conta. Logo que casou com Lourdes Gema Teston Valduga, aos 25 anos de idade, começou a vender uva para a rememorável Dreher. Os filhos Roberto, Celso, Marcos e Carlos ajudaram o pai na cultura do vinho e, logo, a área cultivada foi crescendo. Durante 29 anos, Cândido Valduga forneceu uva para a Dreher e também para a Tecnovin.

Em 1986 foi construída uma cantina: a Cândido Valduga e Filhos. No início, a uva era dividida entre o fornecimento para outras empresas e a própria produção. Seu Cândido, como é conhecido, foi o primeiro produtor do Vale dos Vinhedos a cultivar uma variedade vinífera, a Cabernet Franc, até hoje mantida pela vinícola. A iniciativa surpreendeu e animou a própria Dreher, que aproveitou a situação para investir na uva. Era apenas um hectare, mas foi o suficiente para despertar a atenção do setor para as uvas viníferas. Até então, as uvas americanas predominavam isoladamente.

Apreciador do vinho tinto Merlot e de um bom branco, este especialmente gelado e na praia, Cândido Valduga não deixa de cumprir sua rotina diária na Dom Cândido. É ele quem recebe os turistas que chegam à vinícola. E histórias é o que não faltam. Ao final do dia sempre reserva um tempo para ir ao bar da localidade para jogar bisca, tri-sete e quatrilho com os amigos.

O controle do varejo é tarefa do Seu Cândido. Além de coordenar o trabalho no setor, ele também é responsável pela compra dos embutidos, acessórios para vinho, geléias e artesanato comercializados no local. “Enquanto converso com os turistas o tempo vai passando. Só tem uma coisa que me preocupa. Eu não lembro de todas as pessoas quando elas retornam, o que não me agrada”, lamenta.

Sem se imaginar fazendo outra coisa, o patriarca recomenda para quem deseja o sucesso, honestidade, trabalho e saúde. “Ser honesto é a melhor coisa do mundo e o trabalho nos dá dignidade, pois nada cai do céu e problemas existem e sempre vão existir”, afirma. Mesmo com uma vida regrada por escolha própria, não descarta o copo de vinho e a boa comida. Tudo sem exageros.

A comemoração desta trajetória será marcada pelo lançamento de um assemblage, que poderá ser degustado a partir do mês de outubro. Serão apenas 3 mil garrafas e a venda será exclusiva no varejo da vinícola.

A vinícola:

A Dom Cândido Vinhos Finos é uma vinícola familiar instalada no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Com uma produção controlada, a vinícola aposta na elaboração de grandes vinhos em pequenos lotes. Desde sua fundação, a empresa ampliou seus vinhedos, hoje responsáveis por 100% da produção de seus vinhos e espumantes, cerca de 300 mil litros por ano. São 12 hectares só no Vale dos Vinhedos, onde cultivam uvas viníferas das variedades Marselan, Cabernet Sauvignon, Merlot e a branca Chardonnay. Em Veranópolis, município vizinho, a aposta é nas variedades Marselan, Malbec, Tannat e Alicante. Lá, a empresa possui 50 hectares, 32 destinados a vitivinicultura. A Dom Cândido foi a primeira vinícola do Brasil a lançar um vinho Marselan. Com identidade própria, o produto é um dos diferenciais da vinícola.

Na unidade do Vale dos Vinhedos, estão o varejo, o setor administrativo e as áreas de envelhecimento e expedição. Na propriedade da Garibaldina, no município de Garibaldi, fica a produção e o engarrafamento. A história da Dom Cândido se confunde com a do Vale dos Vinhedos. O desenvolvimento do enoturismo ajudou a empresa a se posicionar no mercado. Hoje, a Dom Cândido recebe milhares de turistas anualmente. A visitação é diária, das 9h às 17h30min, sem fechar ao meio-dia.

A empresa se orgulha por ter conquistado dezenas de premiações em concursos internacionais. São Medalhas de Duplo Ouro, Medalhas de Ouro, Prata, Bronze, além de Diplomas de Honra, distinções que comprovam a qualidade dos produtos que trazem a marca Dom Cândido.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sheraton presta homenagem à gastronomia gaúcha







O Porto Alegre Bistrô, do Sheraton Hotel, programou três noites de jantares para homenagear a Semana Farroupilha nas próximas quinta-feira, sexta e sábado (15,16 e 17 de setembro). O chef Mauro Sousa vai servir a terceira edição do Sheraton Tchê com versões contemporâneas de clássicos como a salada de maionese com atum, palmito, aspargos e buquê de folhas verdes, além de xixo de linguiça toscana, picanha, carré de cordeiro e coxa de frango recheada com mozzarela de búfala e tomate seco.

Como acompanhamentos, carreteiro de pinhão, polenta mole com queijo e abacaxi caramelado. Na hora da sobremesa, um petit dos doces mais famosos do Rio Grande do Sul: sagú, ambrosia, pastel de santa clara, dom rodrigo e ovos moles. Ao final, o brinde à data será feito com uma taça de espumante moscatel Cavalleri.

Serviço:

O que: Sheraton Tchê, jantar com pratos típicos do Rio Grande do Sul
Onde: Porto Alegre Bistrô, no Sheraton (Rua Olavo Barreto Viana, 18 - Moinhos de Vento)
Quando: De quinta-feira a sábado (dias 15, 16 e 17 de agosto), das 19h às 23h
Quanto: R$ 89,00 + 10% por pessoa (inclui uma taça de espumante Cavalleri)
Cartões: Todos, exceto Banricompras e Hipercard
Estacionamento com serviço de manobrista (R$ 15,00 as duas primeiras horas e R$ 4,00 a hora adicional)

Mais informações: guestservicepoa@sheraton.com / (51) 2121-6060