segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Chef Juliana Corrêa encerra noites gastronômicas no Vilaró



A chef Juliana Corrêa é quem assina o cardápio nesta terça-feira (29-10), na noite que encerra o projeto Noites do Chef no Vilaró. Juliana criou um cardápio exclusivo para o jantar em três tempos. Na entrada, terrine de queijo de cabra com pimentões e pesto de salsa seguido de Aligot com medalhão de mignon ao molho de Vinho do Porto e, como sobremesa, irá servir Pot au Chocolat.



Juliana realiza eventos no Sul do Brasil e presta consultoria a restaurantes e cursos de gastronomia na sua cozinha. Formada pelo Senac/RS e Senac/SP, a chef organizou banquetes durante dois anos no Hilton Metropole, em Londres. Também criou uma linha de finger foods especialmente para coquetéis.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Chocolateria elabora produtos especiais para público exigente



A qualidade dos chocolates disponíveis no mercado é muito questionada. Algumas marcas procuram economizar nos custos com o acréscimo de gordura e açúcar, reduzindo o uso da principal matéria-prima: o cacau. Até mesmo o estilo meio-amargo, tão venerado por muitos apreciadores, não passa de um produto elaborado a partir de quantidades elevadas de outras substâncias, ao invés da amêndoa extraída do fruto de lavouras localizadas na Bahia.



Para fugir deste processo que visa apenas o lucro com a venda de chocolate em larga escala, algumas pequenas chocolaterias buscam oferecer chocolates de qualidade. Este é o caso da Mr. Brown, criada em 2007, e que desde abril deste ano funciona na Avenida Carlos Gomes, 788, em Porto Alegre. O objetivo, segundo o proprietário da marca, Claiton Biggoweit, sempre foi atingir consumidores com paladares apurados e que já tenham tido experiência com chocolates produzidos fora do Brasil. Segundo ele, a legislação brasileira permite que para cada produto seja utilizado apenas 23% de sólido de cacau, enquanto em outros países – até mesmo da América do Sul – este índice chega a 33%.



Uma das características da marca é oferecer chocolates gourmet e varietal com diversas combinações e receitas. Biggoweit afirma que costuma visitar as lavouras de cacau localizadas no Sul da Bahia para observar o desenvolvimento das amêndoas. “Hoje trabalho com cinco variedades de amêndoas, mas pretendo chegar a 12”, destaca o proprietário. Ele explica que as variedades são plantadas afastadas uma das outras para que não haja predominância, o que garante diferenciação no sabor final.



Biggoweit iniciou neste mercado em 2003 com a marca O Bananeiro. Mas como o nome ficava restrito ao Brasil, adotou a Mr. Brown quatro anos depois. O resultado foi a aceitação do produto em países como Alemanha, para o qual exporta, e Estados Unidos, que deve iniciar a vender nos próximos dias. No Brasil, os produtos podem ser encontrados em hotéis cinco estrelas, enotecas, delicatessens e casas especializadas. Os planos do proprietário para os próximos dez anos são ambiciosos: abrir filiais nos Estados Unidos e Europa.



Mais informações: (51) 3239-7661

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vinhos com breve passagem em barril de carvalho



Uma das críticas de enólogos, sommeliers e enófilos é a passagem excessiva de alguns vinhos em barricas de carvalho, independente a nacionalidade da madeira. A reclamação tem como justificativa “mascarar” possíveis falhas no momento da produção, perdendo qualidades organolépticas das cepas. Justamente por este motivo, exemplares com pouco ou sem contato em barris são tão valorizados entre os especialistas.

A Vinã Montes, uma das vinícolas mais importantes do Chile, elabora vinhos com estas características, o que vem rendendo premiações e a presença em mais de 100 países com pouco mais de 20 anos de trajetória. De acordo com o enólogo Amilton Leal, que abordou a vinícola no dia 03 de outubro em um dos encontros do Núcleo Cultural do Vinho, projeto da Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943), em Porto Alegre, os vinhos são exportados principalmente para hotéis cinco estrelas.

Criada a partir da sociedade entre os amigos Douglas Murray e Aurélio Montes, um dos maiores enólogos chilenos, a Viña Montes é uma verdadeira colecionadora de prêmios e altas notas. Os vinhos Montes Alpha Cabernet Sauvignon e Merlot foram recentemente eleitos pela revista Decanter como "os melhores Bordeaux do Chile". E para comprovar a qualidade dos produtos, Leal promoveu uma degustação com cinco varietais.



Os trabalhos iniciaram com o vinho branco Montes Classic Series da variedade Sauvignon Blanc, com 13% de graduação alcoólica e sem passagem em barrica de carvalho, somente tanque de aço inóx. Com boa acidez inicial em decorrência de estar gelado, apresenta aromas de frutas cítricas e minerais. Na boca, além do cítrico, tem um leve toque de pimenta. Conforme a temperatura vai aumentando, as características mudam, sendo possível sentir um retro-gosto de mel.



O segundo vinho, também sem passagem de carvalho, foi o rosé Montes Cherub safra 2011, elaborado 100% com a variedade Syrah. Considerei o melhor entre todos, até porque há poucos exemplares elaborados com esta cepa para a produção de Rosé. Com uma cor de vermelho rubi intensa, tanto no nariz quanto na boca fica evidente a cereja e o morango. Segundo o enólogo, o exemplar da safra 2006 recebeu a melhor pontuação da história entre os rosés na Wine Enthusiast daquele ano, com 91 pontos.



Em seguida, foi apresentado o Villa Montes Cabernet Sauvignon da safra 2010, com a mesma característica de não ter passagem em barril de carvalho. Frutado e com boa estrutura em boca, este vinho tem 14% de álcool. É possível identificar no nariz o principal aroma desta cepa tão conhecida, o pimentão.



O quarto vinho é o Montes Sellecion Limitada Carmenère, da safra 2010, que apresenta pouca passagem em carvalho, apenas seis meses. Elegante e complexo, na boca é possível identificar frutos negros, notas de chocolate, tabaco, café e taninos muito suaves, mesmo com 14,3% de graduação alcoólica. Estas características são possíveis pelo acréscimo de 10% da variedade Cabernet Sauvignon.



E para fechar a noite, o Montes Alpha Syrah da safra 2009 passou um ano em carvalho, sendo possível identificá-lo perfeitamente em boca. Este exemplar com cor vermelho rubi, intenso e ao mesmo tempo frutado, apresenta o aroma de defumado e os taninos redondos muito marcantes. Com 14,9% de álcool, este vinho tem potencial de guarda de cinco a oito anos.