sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vinhos do Sul da Itália são ideais para dias quentes



Os vinhedos da região Sul da Itália são favoráveis para a elaboração de vinhos tintos com muita fruta, ideais para dias quentes. A proximidade com o Mar Adriático e a incidência constante de luz solar propiciam esta característica aos vinhos desta região. Mas engana-se quem pensa que são tintos enjoativos, muito pelo contrário, apresentam taninos robustos que harmonizam perfeitamente com o sabor de frutas maduras.

Para falar sobre os vinhos do Sul da Itália, a filial da importadora Porto a Porto, localizada em Porto Alegre, trouxe na segunda-feira (09-09) o gerente de Exportação do Grupo Farnese, Marco Scarinci, que abordou algumas vinícolas de cinco regiões italianas: Abruzzo, Apulia, Basilicata, Campania e Sicília. Ele é filho de italianos produtores de vinhos, representa a terceira geração de viticultores e em 2010 ganhou o título de sommelier no “AIS - Italiano Sommelier Association”.



Scarinci iniciou a degustação com o Ampelo Salice Salentino, da vinícola Lucarelli. Este exemplar é elaborado a partir de 60% da cepa Negro Amaro e 40% da Malvasianera, com características de frutas maduras com passagem de seis meses em barrica francesa de segundo uso. É um vinho ideal para acompanhar pratos leves, como uma carne magra ou uma pasta com molho de dois queijos (gorgonzola e gouda).



O segundo vinho apresentado foi o Pipoli, da vinícola Vignetti del Vulture, localizada na região da Basilicata, elaborado com 100% da cepa Anglianico. Este exemplar já se mostrou com mais taninos e passou entre 8 e 9 meses em barrica de carvalho francês. Scarinci ressalta que este vinho da safra 2010 tem potencial de guarda de seis a sete anos.



O próximo degustado, o Piano Del Cerro, também foi elaborado com 100% da variedade Anglianico e pertence à mesma vinícola da Basilicata. Apesar de ter passado por um intervalo de três anos em barricas francesas e americanas e mais dois na garrafa, se mostrou totalmente tranquilo – sem os exageros como ocorre com a maioria dos vinhos que passam por muito tempo em barricas. Na boca, a sensação era de ter menos carvalho em relação ao segundo vinho. Isto levando em conta que são da mesma cepa.



E o principal foi deixado para o fim. O Due Lune, constituído com as varietais Nerello Mascalese (60%) e Nero D’Avola (40%), da vinícola Cellaro, na Sicília, é uma obra-prima entre os vinhos italianos. Este corte se mostra ao mesmo tempo frutado e com taninos vivos, o que garante um belo corpo e estrutura. É a acidez combinada harmonicamente com a fruta em 14,5% de álcool, ideal para pastas com molho vermelho apimentado e carnes gordas.