Os vinhos de um novo terroir nacional, na região da Serra Catarinense, vêm surpreendendo pela qualidade e algumas premiações já conquistadas, mesmo com pouco tempo de cultivo das vinhas. A altitude entre 1201 e 1300 metros acima do nível do mar, que concentra 45% da produção dos vinhedos em todo o Estado de Santa Catarina, é o principal fator para favorecer a maturação da uva e atingir resultados espetaculares.
Entre os vinhos mais destacados é possível citar o Núbio da vinícola Sanjo – Cooperativa Agrícola de São Joaquim. Este Sauvignon Blanc da safra 2011 - com 12,5% de graduação alcoólica - foi eleito o melhor entre os mesmos varietais na Expovinis 2009. Na boca, o vinho apresenta frescor e acidez, sendo possível identificar maracujá, limão e manga. De acordo com Cledi Sodré Souza, sócio-proprietário da Sommelier Vinhos, em Porto Alegre/RS, a elevada amplitude térmica de 12 °C entre a manhã e a noite em São Joaquim favorece os resultados para esta variedade. “Este vinho compete de igual com outros já premiados, sendo ideal consumi-lo em até quatro anos”, comenta Souza.
Também merece atenção o Rosé Taipa, um corte de 60% com a variedade Cabernet Sauvignon e 40% com a Merlot. Este exemplar com 12,3 % de teor alcoólico da vinícola Pericó, também localizada em São Joquim/SC, foi eleito como o melhor rosé na mesma edição da Expovinis, em 2009. O sommelier Souza afirma que antes de ser engarrafado, este vinho passou poucos dias em barris de carvalho para amenizar o adocicado. No nariz é possível identificar o forte aroma de ameixa, mas que não o deixa enjoativo, pelo contrário, o equilíbrio com a acidez permite acompanhar este vinho com um prato a base de salmão. Na boca, além da ameixa, é possível sentir frutas vermelhas e groselha.
Durante a apresentação dos vinhos, que aconteceu na última quinta-feira (25-10) na Fundação Ecarta, em Porto Alegre, também foram degustados os excelentes Cave Pericó Brut Rosé, o Suzin Merlot safra 2009 e o Núbio Cabernet Sauvignon da safra 2006.
