quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Cerveja ficará quase 10% mais cara nos bares neste carnaval



Um dos produtos e serviços mais consumidos no Carnaval vai pesar mais no bolso dos foliões. O Carnaval do brasileiro poderia ser mais barato se não fosse pelo governo, atesta um estudo divulgado na segunda-feira (08-02) pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a incidência dos impostos sobre os principais produtos consumidos nesta época do ano.

O folião que abrir uma latinha de cerveja durante o Carnaval vai ter repassado 54,80% de seu preço ao Leão. O Chope e a cerveja em bares estão quase 10% mais caros na comparação com fevereiro do ano passado. O levantamento é da Fundação Getulio Vargas (FGV). O reajuste foi causado pela alta dos preços dos serviços em geral. “As políticas para alavancar a demanda fizeram com que o consumo não parasse”, afirma o economista Andre Braz, completando que a cerveja ainda sofre efeito sazonal: nos meses de maior calor, como dezembro, janeiro e fevereiro, o consumo aumenta e, consequentemente, também os preços.

Outra bebida que está mais cara é a caipirinha. A cachaça, o açúcar e o limão acumularam altas consideráveis no último ano. Somados, o valor pago pelo folião pode ser até 54,29% maior que no Carnaval de 2009. Segundo a FGV, o açúcar subiu 69,81% em 12 meses. No mesmo período, a aguardente de cana teve alta de 17,4%. O limão, por sua vez, avançou 8,93%. Todos foram bem acima da inflação do ano passado, de 4,31%.

Uma boa notícia é que, depois de beber cerveja e caipirinha mais caras, o folião não vai pagar muito para cuidar da ressaca: o preço do antiácido subiu 4,34%, praticamente em linha com a inflação.

“O governo federal, para atacar os reflexos da crise mundial, procurou direcionar a sua política de desoneração para itens que teriam maior repercussão na economia brasileira, deixando de fora os produtos considerados supérfluos, como os consumidos no carnaval”, explica João Eloi Olenike, presidente do IBPT. A assessoria na Receita Federal não quis se manifestar sobre a alta carga tributária dos produtos. As informações são da assessoria de imprensa da Abrasel.