terça-feira, 17 de novembro de 2009

O ponto certo do azeite para grelhar alimentos




Saber utilizar o azeite de oliva para grelhar um determinado alimento. Este é um dos grandes segredos para que o objeto em questão e o próprio azeite não percam suas propriedades. O importante é que a frigideira, quando já em contato com o fogo, não atinja o ponto de fumaça. Este tempo leva de um a dois minutos, dependendo do material da frigideira. As de teflon geralmente levam mais tempo em relação às de inox.

Este e outros detalhes sobre o azeite de oliva foram abordados pela nutricionista e consultora, Ana Romero, na semana passada na Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943), em Porto Alegre, na palestra "Azeite de oliva - Uma cultura milenar". Segundo ela, o azeite apresenta outros benefícios, quando utilizado na culinária, em relação ao óleo extraído a partir de sementes. Enquanto o óleo atinge o ponto de fusão a 170°, o azeite suporta uma temperatura acima de 210° para entrar no mesmo processo. Isto ocorre por causa dos ácidos graxos monoinsaturados, que são as propriedades características do azeite.

O azeite é classificado entre extra-virgem, virgem e 100% puro. Quando as azeitonas são colhidas, elas são maceradas e depois passam pelo processo de decantação. Um técnico avalia o grau de acidez e classifica o líquido. O extra-virgem precisa apresentar acidez entre 0% e 0,8%, com isso o produto é coado e envasado diretamente. O virgem fica entre 0,8% e 2%, e acima de 2% não serve para o consumo.

Este último, para que possa vir a ser consumido, precisa ser industrializado para atingir o padrão 100% puro. Para atingir este nível é feita uma mistura entre o azeite 2% com o virgem, que resulta em um novo produto ao redor de 1,5% de acidez.
“O solo, o clima, o tempo de colheita e a maneira como é produzido influencia no gosto do azeite. Hoje há muitos cuidados na colheita para se obter um produto de qualidade superior. Um exemplo é a colheita realizada ao luar, que oferece exatamente a característica que o produtor procura”, salienta Ana. Ela comenta ainda que o azeite tem um preço elevado para o consumidor porque a cada 100 quilos de azeitona são obtidos apenas 20 litros, sendo que uma árvore começa a produzir industrialmente depois de 40 anos e cada uma oferece entre 15 e 50 quilos.

Atualmente a Espanha lidera a produção de azeite, com 1,4 milhão de toneladas por ano. Este país também é o maior consumidor do produto, com 625 mil toneladas, o restante é exportado.

Após a palestra, houve degustação de diferentes tipos de azeite. Entre os azeites comuns, destaquei o frutado. E entre os aromáticos, o de trufa negra.

Confira os azeites que foram degustados:

- Azeite de Oliva Extra Virgem Monde 0.5% de acidez- Frutado
- Azeite de Oliva Extra Virgem Monde 0.5% de acidez – Intenso
- Azeite de Oliva Extra Virgem Monde 0.5% de acidez – Original
- Azeite de Oliva Extra Virgem Aromatizado 0.5% de acidez – Trufa Negra
- Azeite de Oliva Extra Virgem Aromatizado 0.5% de acidez – Manjericão
- Azeite de Oliva Extra Virgem Aromatizado 0.5% de acidez – Alho
- Azeite de Oliva Extra Virgem Aromatizado 0.5% de acidez - Alecrim